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MP recomenda que procurador da Lava Jato evite posts sobre políticos


A Corregedoria Nacional do Ministério Público (CNMP) decidiu recomendar ao procurador da República, Carlos Fernando dos Santos Lima, que evite mencionar nomes de políticos e pessoas investigadas por ele e outros membros da Operação Lava Jato, em posts em redes sociais e na esfera privada.

A recomendação encerrou um processo disciplinar aberto pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, contra Carlos Fernando. Na mesma decisão, o corregedor-nacional do MP, Orlando Rochadel de Oliveira, resolveu arquivar a denúncia feita pelo petista.

A decisão foi tomada em 19 de dezembro de 2017, e foi publicada no Diário Eletrônico do CNMP, na terça-feira (4). O corregedor-nacional do MP decidiu acolher ao relatório do promotor Lucas Danilo Vaz Costa Júnior, que é membro auxiliar da Corregedoria Nacional.

No despacho, Oliveira afirma que a recomendação tem como objetivo preservar a integridade, a solidez, a isenção e a credibilidade como valores reitores no escorreito exercício das funções ministeriais".

Com a decisão, Carlos Fernando deverá considerar a visibilidade que tem, por ser integrante da força-tarefa da Operação Lava Jato e se abster "de emitir juízos de valor, por meio de redes sociais e na esfera privada, em relação a políticos, partidos políticos e pessoas investigadas e/ou acusadas pela referida força-tarefa".

O G1 tentou contato com o procurador Carlos Fernando dos Santos Lima, por telefone, mas ele não havia atendido as ligações até a última atualização desta reportagem.

Posts sobre temas políticos

O procurador Carlos Fernando é um assíduo usuário de redes sociais. No Facebook, já fez diversas postagens em que critica o posicionamento de autoridades políticas e da administração pública.

Em uma das manifestações, em novembro de 2017, ele criticou as declarações do novo diretor-geral da Polícia Federal, Fernando Segóvia, que tinha colocado em dúvida as investigações contra o presidente Michel Temer (PMDB).

Para Carlos Fernando a opinião pessoal de Segóvia "é totalmente desnecessária e sem relevância, ainda mais quando dada em plena coletiva após a posse que lhe foi dada pelo próprio denunciado".

Ele também já fez críticas sobre projetos de lei no Congresso, reclamou da suspensão da emissão de passaportes, que aconteceu em 2017, entre outros

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