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Posso ter um crush mesmo estando em um relacionamento?

Imagine a seguinte situação: você está curtindo a noite com seu namorado ou namorada e alguém que te chama a atenção por ser fofo, bonito ou por simplesmente parecer ser alguém interessante. Opa, surgiu um crush. Mas espere um minuto, você também está em um relacionamento sério! E agora? Isso é normal?

De acordo com a especialista Marina Simas de Lima, psicóloga, terapeuta de casais e cofundadora do Instituto do Casal, ter um crush  mesmo que pequeno em outras pessoas, sendo que você está em um relacionamento fechado, é motivo para repensar o que você quer. “Geralmente, quem arruma alguém bacana e tem um relacionamento monogâmico, automaticamente deixa para lá os demais crushs.”

(Foto: Divulgação)

A profissional explica que aqueles que não estão seguros, felizes na relação ou têm um relacionamento aberto ou poligâmico podem manter os crushs. Entretanto, se os sentimentos persistirem ou você sente que vai cruzar a linha tênue da traição, esses sentimentos são um sinal de que você precisa se perguntar o quão comprometida você realmente está com o seu parceiro atual.

“Depende da qualidade do relacionamento e, também, da aposta da pessoa na relação. Considero o respeito algo importante, por isso a conversa e um alinhamento são fundamentais. Até mesmo para não deixar o outro preso como se tivesse uma âncora ali. Alinhar as expectativas e entender se vale a pena abrir mão de todas as opções”, diz.

A sexóloga e porta-voz do site C-date, Carla Cecarello, concorda. “Se é um acordo do casal, tudo bem. Mas acredito que isso pode gerar problemas sim. Ficar em um relacionamento com um e ter uma queda por outro é complicado e nem todo mundo consegue aceitar isso.”

Flertar é traição?

Segundo Carla, quem decide o que é traição ou não é a pessoa que está sendo traída. “Cada um vai ter um lado na história, e quem trair vai contar sua versão. A pessoa que está traindo não se coloca no lugar do outro e, por isso, quem decide se é traição é a outra pessoa.”

Por isso, a regra deve ser estabelecida entre o casal. “Se entre o casal não tem problema estar em uma relação estável e mesmo assim flertar com outra pessoa, é uma prática dessa relação. É muito particular e varia de acordo com o relacionamento.” Porém, é sempre importante lembrar que tem relacionamentos que não aceitam que uma das partes tenham essa “pessoa a mais”.

Marina também explica que alguns homens e mulheres sempre foram mais paqueradores que outros, mas dependendo da forma que essa paquera acontece pode ser considerado traição sim. “Tudo depende das pessoas envolvidas, da forma de se relacionar, do contrato estabelecido entre os envolvidos. O fato é que dói, as pessoas se sentem rejeitadas de fato.”

Assim, ela afirma que só existem duas regras que devem ser seguidas à risca para que ninguém saia magoado dessa história: não iludir e não fazer joguinhos com nenhuma das pessoas envolvidas.

Paquera x interesse

A profissional explica que o interesse vem a medida que a pessoa se sente atraída pela outra e o que te faz achar alguém interessante é também o que te posiciona de forma diferente. “Ter interesse faz com que você esteja mais disponível, mais motivado para marcar novas encontros e com mais vontade de falar mais e mais.”

De acordo com Marina, o interesse é algo que acontece se a pessoa pensa, age e sente que ambos estão na mesma direção, de uma forma mútua. Sem precisar se convencer de nada. Simples assim.

No caso de paquera, sempre tem aqueles sinais clássicos que indicam se a pessoa está a fim ou não. Olho no olho, mexida no cabelo e longas conversas são sinais de flerte. Mas é sempre importante lembrar que, caso isso aconteça, é essencial ter respeito por você mesma e pelo outro. Além disso, ter bom diálogo, saber colocar limites e ser transparente com todos os envolvidos também são coisas necessárias.

A profissional indica que é preciso saber o real motivo de estar com alguém. “Geralmente, vocêr quer estar com alguém pelo o que ele desperta: alegria, motivação, vontade de encontrar e vontade de falar e de vivenciarem coisas bacanas juntos.”

Terminar ou não?

Marina Simas de Lima tmbém afirma que, em algum momento, será preciso fazer uma escolha. “Não existe escolha sem ganho e sem perda. Se você optar por estar com alguém vai precisar abrir mãos e ceder de alguma forma. Não conseguimos ter tudo na vida e ninguém vai ser perfeito.”

Quando precisar escolher, é preciso colocar um final na relação e tentar um término amigável, como sinal de respeito. “Como tudo é muito mais rápido hoje em dia, às vezes você já engatou em outra relação e se encantou com outra pessoa e, com isso, não teve tempo hábil para afastar ou dar um desfecho em outro relacionamento. Percebo que muitas pessoas ‘somem’ sem colocar um ponto final e sem dar uma explicação quando decidem terminar, mas é algo importante de se fazer.”

Carla Cecarello concorda que, no momento que se percebe a atração por uma pessoa que não é o seu companheiro, tudo se torna uma questão de escolha e de colocar um “ponto final” ou não. A sugestão é que haja um diálogo entre o casal para decidir os rumos do relacionamento a partir disso.

“Pra conversar sobre isso, não tem outro jeito além de ser muito direto. Quanto mais rodeios mais a pessoa vai dar a entender que tem problemas nessa história. Você pode conversar e falar ‘estou em um relacionamento com você, mas acho interessante de vez em quando flertar com outras pessoas ou olhar para outras pessoas porque acho que elas são bonitas e interessantes’. E vai da outra pessoa decidir se aceita que o outro tem um crush e se quer continuar junto ou não”, finaliza.

Fonte: IG

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